A Associação dos Revendedores de Tintas do Estado de São Paulo faz história junto aos lojistas, sendo a única entidade que representa exclusivamente o varejo especializado em tintas, e com corajosas e importantes iniciativas busca fazer toda a diferença ao mercado
A ARTESP celebra 35 anos e, ao longo de sua história, sempre foi a voz das lojas perante as indústrias, as autoridades e em toda a sociedade civil, com o propósito maior de trabalhar arduamente para manter as lojas especializadas com o protagonismo que elas merecem no setor, e de facilitar o exercício do comércio tinteiro através da divulgação de boas práticas de gestão. “Além da nossa experiência adquirida nesse tempo, entendemos que temos o privilégio de sermos a única entidade que representa exclusivamente o varejo especializado em tintas, que nos confere, digamos, certa especialização. Somos lojistas falando para lojistas, que gera valor no exercício da nossa representatividade”, menciona Salvador José do Nascimento, diretor de operações da ARTESP e, assim como a associação, atua no mercado de tintas desde agosto de 1986 e, com muita honra e alegria, Salvador também completa 35 anos de mercado em 2021.
A trajetória da ARTESP teve muitas mudanças e algumas marcaram a sua história, como a corajosa ação de enfrentamento das medidas prejudiciais ao comércio do “Plano Cruzado” em 86 (que notabilizou a Associação); a consolidação do reconhecimento do “Prêmio ARTESP” entre os anos 90 e 2000 com a opinião dos lojistas sobre produtos e práticas da indústria; e mais recentemente, como ponto de informações fidedignas e válidas, inclusive juridicamente no período de pandemia da Covid-19, o que permitiu o norteamento das lojas diante de tantas regras, inclusive restritivas. Mas, conforme lembra Salvador, nada se compara à vitória que foi viabilizada com a participação e colaboração de entidades correlatas, das indústrias e outros entes, para que as autoridades reconhecessem de forma justa a categoria como atividade essencial. “Foi a diferença entre a manutenção ou o fim de várias empresas. E isso no Brasil todo. Foi nosso passaporte para ampliarmos nossa representatividade para além do estado de São Paulo”, diz.
Atenta aos novos hábitos e realidade
A pandemia trouxe um protagonismo inesperado para as lojas de tintas dentro do varejo, e o comportamento recente do consumidor ajudou muito nesse processo. Conforme observa Salvador, o cidadão comum, forçado a ficar em casa, valorizou o ambiente doméstico e passou a consumir mais produtos, e com isso a ARTESP se mostra ativa e antenada às novas tendências. “Temos nos esforçado para disseminar práticas positivas, que gerem melhores resultados aos lojistas e para que eles não percam as oportunidades advindas desse processo, como a inclusão digital e a adição de canais não presenciais de atendimento aos seus clientes. Nossos objetivos atuais são de fomentar, através de práticas salutares e modernas de gestão, a evolução contínua do varejo tinteiro. Nosso lojista merece prosperar, e nossos clientes merecem um atendimento de excelência. Todo o setor crescerá dessa maneira. Temos demanda reprimida no consumo de tintas no Brasil, e temos produtos de qualidade como em qualquer lugar do mundo. Precisamos evoluir e vamos, tenho certeza!”, sinaliza o diretor de operações.
Em sua análise, hoje, a ARTESP vai além do que já tem feito em prol da categoria: “nos preocupamos em criar diariamente conteúdo de valor para as lojas e atuamos firmemente para que o exercício do comércio, já tão dificultado diante das complexidades dessa prática, seja sempre facilitado”. Ele pontua que a Associação conseguiu, por exemplo, impedir que as autoridades criassem leis de controle de vendas de produtos (como um alvará específico para a venda de tintas spray em São Paulo/SP, que coibiria a venda desse item); ou que a Secretaria da Fazenda do estado percebesse o risco em criar um equívoco tributário que “travaria” o fluxo de comercialização de produtos dos sistemas tintométricos.
“Queremos a modernização de leis – como a que trata de ‘Produtos Perigosos’ da década de 30 – onde se exige controles impraticáveis sob pena de multas para as lojas, dentre outras coisas. Mas nossas vitórias mais recentes são, sem dúvida, a inclusão de lojas nos benefícios do julgamento da “Tese do Século” pelo STF (que tira o ICMS da base do cálculo do PIS e COFINS e resulta na recuperação do imposto), e o reconhecimento do comércio de tintas como atividade essencial durante as restrições da pandemia”, destaca Salvador ao reforçar que o projeto mais ambicioso e que precisa de cuidados extremos (até por conta da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados) é a criação de uma plataforma de inteligência de mercado, com dados comparativos vindos diretamente das lojas de todo o território nacional que alimentará um painel diariamente. “Será pioneiro no nosso mercado, com informações valiosas para todos do setor”, revela e finaliza.