Acoat Selected é um projeto já consolidado na Europa e nos Estados Unidos e chega ao mercado brasileiro para criar uma rede colaborativa entre diferentes públicos do mercado reparador, visando aproximá-los e promover a troca de informações e o aprimoramento do setor
A AkzoNobel, por meio da marca Sikkens, está implementando no Brasil o Acoat Selected, um projeto de relacionamento e desenvolvimento de negócios que reúne oficinas, concessionárias e outros players do mercado automotivo, com o intuito de aproximá-los e proporcionar um ambiente de troca e cooperação, colaborando com o aprimoramento do segmento. Nos dias 25 e 26 de novembro, foi realizado o primeiro encontro do grupo, em Atibaia (SP). “O programa busca, amparado pela experiência dos participantes, criar uma rede colaborativa entre diferentes públicos do mercado reparador, para tratar soluções. Esses primeiros seis meses, assim como os próximos, foram de muita troca e imersão, desenvolvimento de KPIs e planos de ação que resultarão em benefícios significativos para todos os envolvidos”, afirma Alex Paz, supervisor técnico da AkzoNobel e um dos responsáveis pela regionalização do Acoat Selected. “Esperamos replicar o mesmo sucesso já apresentado na Europa e Estados Unidos, onde o programa já está consolidado e tem o reconhecimento do mercado”, conta.
No Brasil, o projeto foi lançado em abril, com a apresentação e convite aos participantes, que englobam oficinas que utilizam 100% produtos Sikkens, concessionárias, fabricantes de insumos para indústria de repintura automotiva (como lixas e equipamentos), escolas técnicas, seguradoras, certificadoras e empresas de software de gestão. O primeiro grupo é formado por 15 participantes de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Goiânia, Pará e Bahia. Entre os parceiros do programa estão a Mast, Orange e Norton. “O projeto está em fase inicial, mas já notamos que estamos conseguindo avaliar melhor nossos processos internos. É um projeto inovador, não tinha participado ou visto nada parecido no Brasil. Só torcer para que o projeto evolua e possam trazer mais novidades, para que possamos evoluir mais como empresa”, comenta Adriano Figueiredo, proprietário da Airbrusch, de Benfica (RJ), oficina há mais de 20 anos no mercado. “Excelente poder participar disso tudo, porque nos coloca em contato com as melhores empresas do segmento. A gente consegue trocar bastante informação em relação à gestão e boas práticas”, corrobora André Schimitz, proprietário da oficina Shmitão Auto Center, em Novo Hamburgo (RS), fundada em 1966. “E não é só isso: as discussões de diversos temas, as amizades que se formam e os indicadores apresentados que nos ajudam nas tomadas de decisões são muito importantes para o nosso negócio”, completa.
Como funciona – As reuniões acontecem a cada seis meses, sendo que, no primeiro dia de cada encontro, novas oficinas estratégicas são convidadas para presenciar e depois poder fazer parte do próximo grupo. Dessa vez, foram convidadas 20 oficinas, aptas a participar do projeto em 2020 – houve 100% de adesão entre as convidadas para formar o segundo grupo de trabalho. Nesse dia, temas como estatísticas e futuro do mercado reparador; expectativas econômicas; engajamento e retenção de clientes; leis trabalhistas e horas extras; responsabilidade civil e gestão de resíduos foram abordados. No segundo dia, os grupos foram divididos para apresentação dos resultados e melhores práticas. Entre os indicadores relacionados à gestão, que podem ser adaptados de acordo com a necessidade do grupo, são analisados o ticket médio por ordem de reparação, ticket médio por funcionário, eficiência de mão de obra, produtividade, metros quadrados por produção, custo fixo versus custo total, percentual de quadro produtivo e tempo médio de reparação.
“As metas são geradas por meio da primeira ‘fotografia’ da oficina. Após isso, a cada 6 meses, o objetivo é melhorar todos os KPIs da reunião anterior e assim o grupo todo ter melhores resultados”, explica Alex Paz ao acrescentar: “a AkzoNobel também mantém contato com os participantes por meio de visitas de seus técnicos de campo ou consultor de serviço e via aplicativo. Após definido o plano de ação é necessário contato individualizado para apoiar a execução, na expectativa de alcançar os melhores resultados”.