Empresa lançou projeto de internacionalização visando triplicar faturamento até 2025
A Montana Química está na primeira fase de um projeto de internacionalização, que tem como objetivo triplicar o seu faturamento até 2025 com a expansão em países da América do Sul e da África.
“A Montana exporta produtos há mais de 20 anos, com estabelecidos negócios nas Américas do Sul e Central. Mas, há cerca de três anos, ao decidir por uma nova estratégia de expansão de mercado, iniciou estudos para montar uma filial fora do Brasil”, pontua Elaine Guedes, diretora comercial, que revela que essa pesquisa levou em conta questões como análise cambial (50% das matérias-primas da Montana são importadas) e rigidez das legislações locais (os produtos preservativos de madeira são regidos por leis específicas).
Assim, em agosto de 2017, a primeira filial internacional da Montana foi inaugurada e para viabilizar o projeto foi criada a marca Monsa. A diretora explica que a empresa escolheu Medellín, na Colômbia, por ser a segunda maior cidade do país, por estar mais ao centro e ser um local estratégico de distribuição logística; além de ser um dos principais pontos econômicos e industriais colombianos, com ambiente propício aos negócios. “Quando olhamos para os mercados de tintas em geral, o país de maior consumo é o Brasil, seguido de Argentina e Colômbia. Escolhemos este país porque tem uma afinidade maior com produtos para madeira, o que vai ao encontro do nosso DNA”, afirma.
Elaine esclarece que, assim como no Brasil, a empresa atua na Colômbia no segmento industrial e varejo. “Na área industrial o carro-chefe são os preservativos de madeira, como o MOQ K-33 e o MOQ OX 50. No varejo comercializamos produtos já consagrados no mercado brasileiro, como o Osmocolor Stain, a linha de Vernizes Premium, o protetor de pedras Koromix e nossa linha de produtos para Deck”.
Com o projeto de internacionalização e como parte do seu planejamento estratégico, a empresa segue em fase de mapeamento na América do Sul e na África, sendo que já possui um plano avançado com dois ou três países Sul-Americanos. “Na África, já fizemos prospecções na Nigéria e na Angola. Em todos os casos, ainda vamos decidir se teremos operação própria, como na Colômbia, ou se vamos trabalhar com distribuidores ou até em forma de parceria”, diz Elaine.
A Montana Química revela também que a filial da Colômbia corresponde a pouco menos de 1% do faturamento total da empresa e que a meta é atingir 5% de representatividade internacional nos próximos dez anos. “No início do projeto, tínhamos uma expectativa bem mais otimista. Após um ano de prática, entendemos que é um processo de ganho mais lento e estruturado. Se nosso timing para o Brasil é estarmos entre as 100 maiores indústrias de tintas do mundo até 2025, estimamos atingir um percentual de 5% desta receita no mercado internacional em 10 anos”, diz Elaine.
Outras ações
A empresa divulga também o planejamento de uma série de outras ações. Para atender a futura demanda de mercado, faz parte dos planos a modernização da fábrica, com atualização de máquinas e tecnologias, readequação de layout em áreas físicas e capacitação de funcionários.
O projeto visa ainda uma nova estratégia de comunicação externa. Michel Sentinelo, gerente de marketing, esclarece que a Montana Química identificou que, apesar de estar consolidada no marketing B2B, precisa, agora, atingir com mais ênfase o consumidor final, na relação B2C. “Somos referência em proteção, preservação e acabamento em madeira e estamos entre os maiores players do mercado nacional em tintas. Se você falar ‘Montana’, a marca será reconhecida pela grande maioria dos profissionais da área, como pintores, arquitetos, lojistas e influencers. Mas esse mesmo desempenho não ocorre em relação ao consumidor final. Já estamos conseguindo mudar isso”, conclui Michel.