Prêmio prestigia o profissional de pintura que mais cooperou para o crescimento e desenvolvimento da carreira. Neste mês dedicado a homenagear as mulheres em todo o mundo, BelaGil Ferreira recebeu o título de Pintora Destaque
Escolhido em exclusividade pelos organizadores do Pintor Destaque, o Jornal do Pintor tem mensalmente a oportunidade de conhecer a história de vida e profissional de pintores de diversos estados brasileiros. Todas as trajetórias são motivadoras, fruto de muito trabalho, empenho e regadas de alegrias!
Neste mês das mulheres, o prêmio de Pintor Destaque, por coincidência, foi dedicado a uma mulher!
Só para recordar: o Dia Internacional da Mulher ou Dia da Mulher é comemorado anualmente em todo o mundo em 8 de março. A data foi oficializada em 1921, com o marco oficial de uma manifestação das mulheres russas por melhores condições de vida e de trabalho. Atualmente, a celebração, adotada pela ONU – Organização das Nações Unidas em diversos países, enaltece as conquistas femininas nas esferas sociais, políticas e econômicas ao longo de todo o mês de março.
Entre as mulheres homenageadas está a pintora BelaGil Ferreira, que atua há sete anos em Ribeirão Preto (SP). Mãe de três filhos, divorciada, BelaGil se orgulha por ter começado a trabalhar muito criança para ajudar sua mãe. “Tive uma infância difícil, lembro de ver minha mãe chorando por não ter leite e pão”, diz ela e menciona que com nove anos pintou sua casa com cal na cor azul.
“Aprendi no depósito de material de construção a misturar cal com água e passar com a broxa na parede. Foi minha primeira experiência com a pintura!”, se recorda.
Depois, já adulta, pintou a casa de uma amiga e percebeu que a sua paixão pela construção civil só aumentava. Nesta mesma época, visitou uma escola em busca de cursos, mas foi desencorajada já na recepção. “A mulher que me atendeu, falou que o curso era só para homens. Aquela abordagem me fez pensar que talvez todos estivessem certos: a pintura era coisa para homem. Trabalhar, jogar bola, fazer capoeira e jiu-jitsu também era tudo coisa para os homens. Simplesmente, fazer tudo o que eu sempre gostei não era coisa de mulher!”, se recorda BelaGil e diz que resolveu pensar igual a todo mundo, fez um curso de cabeleireiro e até se especializou, mas não se sentia feliz com a profissão.
Anos depois, a profissional precisou cuidar da sua mãe, não conseguia trabalhar e se viu novamente em uma situação financeira difícil. “Passado um tempo, o dinheiro não entrava, só saia e as coisas começaram a piorar muito. Foi em 2017, já passando necessidade, não tinha comida direito, ficava sem comer para dar aos meus filhos e a minha mãe, que vi um anúncio de um curso de construção civil”, diz ela ao se recordar que foi muito bem recepcionada no curso e pagou parcelado no cartão de crédito.
“De lá para cá, nunca mais passei fome! Minha profissão me sustenta, meu trabalho paga minhas contas, abastece minha dispensa, compra os remédios da minha mãe e sustenta meus filhos. Hoje é o que mais me dá orgulho e traz orgulho para toda minha família”, se emociona BelaGil e diz que é uma pintora em evolução, sempre está em busca de conhecimentos.
“Uma certa vez eu li uma frase: faça o quê amas e nunca mais precisarás trabalhar! ”, finaliza.