Roberto Alves, com apoio de empresas, criou o projeto Grafite na Pandemia e retratou a trajetória dos profissionais da saúde e as incertezas trazidas pelo Covid-19 no muro do Hospital Santa Marcelina, em São Paulo (SP)
Com objetivo de transmitir alegria através das cores, o pintor profissional Roberto Alves idealizou o projeto Grafite na Pandemia e transformou o muro do Hospital Santa Marcelina no bairro de Itaquera, em São Paulo (SP).
A ação, que recebeu apoio de materiais e equipamentos da WBR Wagner, Futura Tintas, Sherwin-Wiliams, Colorgin e Tintas Palmares, foi realizada em 10 dias, entre os dias 09 e 19 de junho, com inauguração em 21 de julho. Para colorir os 138 m² do mural foram usados 72 litros de tinta standard, 50 litros de esmalte base água, 18 litros de resina e 300 sprays.
De acordo com o pintor, no Grafite na Pandemia o verde significa a normalidade antes da pandemia e o amarelo os primeiros rumores do Coronavírus. Seguindo pela obra, a primeira personagem ilustra uma profissional de saúde e aparece como um divisor de águas, com cores mescladas, sem nenhuma combinação, que significam a incerteza, ou como Roberto mesmo diz a “bagunça que a pandemia trouxe para nossas vidas”. Depois, mais uma vez a pintura retrata uma profissional de saúde com tons fortes que representam o momento de lockdown. Logo à frente, alguns pontos azuis mostram os primeiros desenvolvimentos da vacina e um terceiro personagem representa o momento em que a população passou a ser vacinada. Seguido de cores verdes, o grafite traz um Lírio, que é o símbolo do Hospital Santa Marcelina e também da paz, e todo o planeta sendo vacinado.
O realismo levado para o olhar da profissional de saúde é um dos destaques da obra, ponto alto que cria um intimismo entre a personagem e quem visualiza o Grafite na Pandemia. “De qualquer ângulo da pintura, a profissional de saúde está te “olhando”, esse foi um dos realismos que consegui transmitir”, diz Roberto ao enfatizar que a iniciativa surgiu por conta de toda a incerteza que o Covid-19 causou no mundo. Foram 7 meses entre a ideia até a execução e contei com o apoio profissional do Bruno Alves, meu filho, e do Sandro de Oliveira”.