Rodrigo Gama de Oliveira, conhecido como Pintor dos EUA, conta para os leitores do Jornal do Pintor sua trajetória no mercado de tintas
O universo das tintas é realmente algo sem fronteiras! Por aqui no Jornal do Pintor somos fascinados pelo acesso, pelas possibilidades e amplitude deste mercado. Há mais de meio século, temos a rica oportunidade de contar a trajetória dos profissionais que constroem esse setor, no Brasil e no mundo.
Desta vez, é Rodrigo Gama de Oliveira, de 30 anos, conhecido como Pintor dos EUA, que divide com os leitores a sua história.
Ainda bem jovem, com apenas 14 anos, Rodrigo teve o seu primeiro contato com a pintura quando foi convidado pelo seu tio para trabalhar como pintor. “Trabalhei por 6 anos com meu tio, e foi essa base que me preparou para ser o profissional que me tornaria no futuro”, diz ele e lembra que no começo tinha uma certa vergonha em ser pintor, em assumir como uma profissão. “Superar esse preconceito comigo mesmo foi um grande desafio. Hoje posso dizer que tenho orgulho de ter me tornado um ótimo pintor, de ter me especializado e ter feito disso tudo uma empresa de sucesso”, exalta.
O pintor que começou essa trajetória no Brasil, na cidade de São Leopoldo (RS), e trabalha no Estados Unidos, desde 2018, atuando no sul da Flórida, Condados de Palm Beach County, Broward e Miami Dade, lembra que no início da carreira precisou adaptar técnicas para executar trabalhos de pintura, mas que, principalmente, precisou criar e desenvolver métodos para gerenciar a sua empresa, desde administrar, vender, executar e treinar.
“A minha principal conquista vem sendo a contribuição para a classe de pintores. Nas minhas redes sociais, passo algumas dicas dos métodos que desenvolvi e ajudo milhares de outros pintores. Além disso, sigo aplicando na minha própria empresa. E, já geraram muitos resultados, trazendo um resultado de mais 500 mil dólares em menos de dois anos com pintura”, afirma Rodrigo e brinca dizendo que se soubesse que seria tão difícil conciliar empresa, família e redes sociais não teria feito o perfil @pintornoseua. “Mas, ajudar e contribuir com os meus colegas de profissão se tornou meu propósito de vida. Essa é minha maior conquista, o respeito e o espaço que vejo construindo”, afirma.
Sobre a evolução do mercado brasileiro, Rodrigo afirma que primeiro o pintor precisa estudar, se tornar referência e especialista na parte executiva do seu próprio negócio, que é a pintura. Depois, prossegue ele, é preciso procurar capacitação em gestão, administração e vendas. “Gerir uma empresa não é tão simples assim. Administrar a contabilidade da empresa, muito menos. É preciso saber o que entra, o que sai, custo fixo, controle de caixa, etc. São áreas que um empresário de sucesso deve ter aptidão e com um empresário de pintura não pode ser diferente. Isso se o pintor realmente quiser se tornar uma empresa”.
O profissional cita que a evolução do pintor vai muito além de uniforme ou aquisição de equipamentos. “Vejo muitos falando de crescimento todos os dias nas redes sociais, mas na minha visão, somente falar e não dar os passos para isso de pouco adianta. Vejo pessoas falando em uniforme, calça branca, lixadeira sem pó, entre outros”, enfatiza ele ao citar que o MBPM – Movimento Brasil por um Pintor Melhor e a Abrapp – Associação Brasileira dos Pintores Profissionais contribuíram muito para essa evolução do setor, com treinamentos e capacitações.
“E essa evolução vem acontecendo. O pintor de 5 anos atrás era totalmente diferente do profissional de hoje, mas ainda assim, estamos longe de onde podemos chegar”, menciona Rodrigo ao exemplificar que o mercado é dinâmico, que é preciso estar sempre alerta, em busca de inovação e novas ideias. “As coisas são muito rápidas. Uma mesma técnica aprendida agora, daqui a uma semana alguém já pode ter criado uma nova. É assim para tudo”, finaliza Rodrigo.