A artista Sabrina Souza fez essa conexão com obra criada em um bueiro no bairro do Saco dos Limões, em Florianópolis/SC, que tem o objetivo de conscientizar, alertar e educar a população local sobre a importância em não despejar lixo em bueiros que podem terminar no oceano
A arquiteta e urbanista Sabrina Souza é idealizadora e artista do ateliê Art Mudra e com seu talento dá um toque diferente às paredes mesclando pintura e arte. Nas obras, ela faz desenhos e utiliza tinta imobiliária que, além de considerar um produto muito mais duradouro, consegue preservar por mais tempo a arte e o custo favorece positivamente na hora de fechar os orçamentos. “Desenhava desde criança e parei por um tempão, mas quando voltei a pintar senti que aquilo era o meu caminho! E fui motivada com os resultados positivos a cada nova pintura. Tudo aconteceu naturalmente, do papel para tela, da tela para parede”, revela a artista ao mencionar que a Mudra vem de gestos feitos com as mãos, saudações onde se canaliza energia vital e se distribui em algo ou alguém.
“É isso que eu faço hoje e é também o que me movimenta”, comenta Sabrina que, de fato, usa o seu talento, criatividade e arte na pintura para ressaltar também outras manifestações, como a de consciência ecológica feita recentemente através do Projeto CITRUS – Centro de Inovação Artística e Científica), do qual participa, e que tem como visão transformar bairros através de movimentos culturais. Com a curadoria da colecionadora, amiga e cliente Alexandra Klen, a primeira etapa do projeto foi com a arte que nasceu de um bueiro no bairro do Saco dos Limões, em Florianópolis/SC, onde a artista criou no chão uma grande e lúdica água viva saindo do bueiro com a seguinte escrita: “O mar começa aqui!”.
A iniciativa é uma forma de conscientizar, alertar e educar a população local sobre a importância em não despejar lixo em bueiros já que podem terminar no oceano. “Essa arte carrega elementos lúdicos e que interagem com quem passa por lá. As bolhas de água criadas são um jogo de amarelinha, os tentáculos fazem caminhos sinuosos e a copa da água viva é o céu manifestado por mandalas vibracionais e que vão de encontro com a proposta que retrata exatamente a questão da consciência ambiental de uma forma leve e apreciativa”, explica Sabrina que, ao desenvolver essa arte, percebeu como é grande a sua caminhada, mas ao mesmo tempo, afirma que foi uma oportunidade para aperfeiçoar sua capacidade espacial, e renovar suas técnicas no uso de cores. Com isso, ela conclui: “hoje a minha profissão representa a minha força e me ensina que podemos ser tudo o que quisermos tendo disciplina, foco e direcionamento”.