O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo que passou por vários períodos políticos e econômicos do Brasil e sempre trabalhou em prol dos comerciantes, fez e continua fazendo muita história ao criar programas e serviços exclusivos, além de levar soluções atualizadas para as mais diferentes necessidades empresariais
No dia 18 de outubro de 1934, o ministro do Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Commércio, Agammenon Magalhães, assinou a carta de reconhecimento do Syndicato Patronal dos Commerciantes a Varejo de Ferragens (conforme grafia de época), com sede na capital do Estado de São Paulo. Nascia assim o Sincomavi que agora celebra 88 anos. Ao longo de sua trajetória, mudou algumas vezes de nome, mas manteve seu objetivo de defender o comércio que legalmente representa que são as empresas varejistas de material de construção, maquinismos, ferragens, tintas, louças e vidros com sede em 30 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
No início, o Sindicato contou com o esforço dos presidentes Gustavo Cechetto, na primeira gestão, e de Emílio Lang Júnior, que marcou sua presença pela compra da primeira sede da entidade, na rua Capitão Mor Jeronimo Leitão, na capital paulista (SP), e por uma atuação intensa em defesa dos interesses do comércio. Lang, anos depois, seria presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A primeira alteração na nomenclatura do sindicato ocorreu em 1941, quando o ministro interino, Waldemar Falcão, assinou documento que mudou o nome para Sindicato do Comércio de Maquinismos, Ferragens e Tintas de São Paulo.
Muitas demandas da época se mostram totalmente fora do contexto atual, porém, curiosas de relembrar como, por exemplo, a solicitação ao Governo Federal que o período prestado ao serviço militar por comerciantes e seus funcionários às forças armadas, II Guerra Mundial e formação da Força Expedicionária Brasileira, fosse computado na aposentadoria dos trabalhadores. Por outro lado, alguns problemas parecem ser atemporais, como a questão de segurança e a atuação de vendedores ambulantes. O terceiro presidente da entidade, Antonio Garritano, exigiu mais policiamento e providências contra o comércio irregular e o aumento de furtos e assaltos por toda a cidade. Outro dado interessante na linha do tempo do Sindicato é que, em 1960, ele passou a publicar a revista “Ferragens e Ferramentas” e isso aconteceu em parceria com o jornalista Francis Louis Morrell (in memorian) que é o fundador do Jornal do Pintor.
Em 1962 foi a vez de Franco Montoro, então ministro do Trabalho, definir nova alteração no nome da entidade. Dessa vez, para Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros de São Paulo. Com o Golpe Militar de 1964, em razão da grande repressão submetida pelo governo às entidades representativas, o sindicato passou por um período de menor atividade. Mas com a redemocratização do País, que culminou com a eleição do presidente do Brasil, Tancredo Neves, em 1985, marcou positivamente uma nova fase para a entidade.
Em 1986, o empresário Lázaro Antonio Infante, com atuação na área de vidros, assume a presidência. Dois anos depois, quando foi incluído o setor varejista de material de construção, estendendo a base territorial para a Grande São Paulo, o Sincomavi ganha a nomenclatura atual. Essas mudanças de nome não significaram apenas alterações burocráticas, mas uma saudável ampliação de responsabilidade e de campo de ação do Sincomavi, sempre em benefício das empresas do segmento. Ainda em 1988, a entidade compra a sede da Rua São Bento, em São Paulo/SP, e passa a utilizar o nome Sincomavi, como forma de facilitar a comunicação com os comerciantes. Outras realizações foram a informatização de todos os departamentos, fato pouco comum para época, e o aumento na base de associados.
Em 2006, Reinaldo Pedro Correa assume a presidência onde permanece até hoje. Em sua gestão, atualizou uma série de iniciativas, novos programas, cursos, encontros e comitês sempre em prol dos setores que o Sincomavi representa. Entre os destaques, o Sindicato intensificou o envolvimento e estudos para logística reversa firmando parcerias com Prolata e Abiplast para destinação ambientalmente adequada das embalagens metálicas e de plásticos; lançou manuais para excelência dos profissionais; de 2020 a 2021 promoveu diversas ações para apoiar as operações dos comerciantes durante a pandemia e agora, em 2022, firmou acordo com Sebrae-SP para oferecer programa de mentoria e consultoria gratuita aos comerciantes do segmento da RMSP, e continua em movimento com uma série de outras iniciativas.
“É um sentimento de orgulho e satisfação estar à frente do Sincomavi, mantendo os trabalhos e os ensinamentos do Presidente Emérito Lázaro Antônio Infante. Hoje, com a evolução dos tempos, somos uma Entidade Sindical Patronal respeitável pela sua representatividade junto aos órgãos sindicais superiores (Fecomércio e Confederação Nacional do Comércio), fruto do trabalho de toda equipe Sincomavi”, declara e finaliza Reinaldo.